quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

"Leva tempo para a água se acalmar"...

Estava eu, em mais um dos capítulos da novela mexicana que é a minha vida, reclamando de mim mesma. É verdade: sou irascível, impaciente, autoritária, comilona,corruptível,instável, etc.

Eu sou a soma de um mundo de características absolutamente detestáveis.
Mas sou só a soma.
Faço um esforço incrível no sentido de não multiplicar coisas abomináveis.

Nem sempre dá, sabe.
Às vezes, meus caros, eu transbordo.
E tenho que recomeçar de novo. Paradoxalmente, cheia de ansiedade para ver a calmaria.

Aí me frustro.

E encontro a seguinte mensagem em um livro:

"...homem imperfeito,com fraquezas evidentes e defeitos de caráter, aprendeu que o quebrantamento é próprio da condição humana e que devemos nos perdoar por não sermos amáveis, por sermos incoerentes,incompetentes, irritadiços e gulosos. Ele sabia que seus pecados não podiam afastá-lo de Deus: todos foram cobertos pelo sangue de Cristo."
(B. Manning, O Impostor que Vive em Mim, pp.55)

E ainda, no mesmo texto, algumas páginas a frente:

"Leva tempo para a água se acalmar. Atingir a tranquilidade interior exige espera. Qualquer tentativa de apressar o processo apenas agita a água de novo." (pp.118)

E assim, depois da enorme frustração de não conseguir me livrar de toda a agressividade e revolta que há dentro de mim, busco canalizar a energia para mais transformação.

Confia, Otávia, confia.

4 comentários:

  1. "Confiança" realmente é algo meio difícil de descrever. Deixando de lado as definições lingüísticas, a confiança se demonstra em todas as nossas ações, convicções e frases que não pensamos meia vez sequer pra fazer/falar. Pensando assim, confiança até parece algo instintivo, algo dado, natural, talvez até pré-concebido. Mas sabemos nós, com toda falta de confiança que nos convém, que pra se ter confiança, seja ela em algo, alguém ou em nós mesmos, é um lento e doloroso processo que para ser destruído leva apenas segundos.

    Lendo seu post me veio uma frase que escutei hoje (aula do Bizelli, aliás!!). Lógico, minha cabeça viaja e não vou lembrar por nada o contexto dele citando a frase, mas é do poeta Pedro Nava: diz ele que a experiência é como um carro sendo guiado no escuro/à noite, com seus faróis voltados para trás...

    Enfim, "confia!!!", mas nunca em vão.

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  2. (( quanto ao comentário deletado, eu achei que os comentários suportassem linguagem html, e é claro, fui eu confiante escrevendo com "[b]" e "[i]"... ))

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  3. Well well well , a que devo a honra, Signore Galípolo?
    =P Obrigada pelo comentário!

    "A experiência é como um carro sendo guiado no escuro/à noite, com seus faróis voltados para trás...". Bom, contanto que esteja sendo guiado...

    Ademais, só descobrimos se algo é ou não inútil uma vez que a tese tenha sido testada.

    Neste caso, os testes já foram concluídos e não resta dúvida sobre em quem eu devo depositar minha confiança. =D

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